
Época de reprodução tem o ano inteiro… começando o mês dos braquiópodos. O tempo está bom pra sair com o barco.

Época de reprodução tem o ano inteiro… começando o mês dos braquiópodos. O tempo está bom pra sair com o barco.
Quando cheguei em Bergen de volta a primeira coisa que tem é a Ølfest…
E na semana seguinte foi a “noite cultural”.
Em breve alguns posts antigos pra recapitular os últimos 2 meses!
Tivemos mais um Lab Retreat e dessa vez ao invés de esquiar fomos para a praia. Aproveitamos para fazer um mini-simpósio no famoso Observatoire Oceanologique de Villefranche.
Sexta comi pela primeira vez raspeballer, típico bolinho de batata e farinha norueguês.
No dia seguinte viajamos até Svelgen para derrotar o melhor time do campeonato. Acabei ficando com um pé de elefante também…
Pelo terceiro ano consecutivo os nemertíneos do laboratório começam a botar seus embriões no primeiro dia de abril! Regularidade de reprodução que impressiona.
Mas fabulosa mesmo é a maneira que esse verme deposita sua massa de embriões. Num artigo sobre o ciclo de vida de uma espécie próxima (acesso restrito) os autores disponibilizaram um vídeo do processo de acasalamento e deposição do casulo (acesso aberto, mas cuidado: arquivos .wmv).
A fêmea secreta uma camada grossa de muco gelatinoso pelo corpo onde diversos machos se enrolam e aproveitam para liberar seus espermatozóides. Depois que os machos saem, a fêmea secreta outra camada de muco e começa a liberar os óvulos recém-fertilizados através de inúmeros ovários presentes nas laterais do corpo.
Os embriões permanecem nessas camadas gelatinosas enquanto a fêmea se esguia para fora do casulo. Este fica, por sua vez, aderido ao substrato e serve como proteção para os embriões em desenvolvimento. Leva cerca de 20 dias para saírem pequenos verminhos do casulo.
Viu o vídeo, já?
O plano era ir num congresso no Texas em janeiro, coletar braquiópodes em Washington e por fim visitar um laboratório em Rhode Island. Fui até Oslo para a entrevista do visto e começou a confusão. Tinha pedido um visto de congresso, mas pediram para trocar por um de estudante (por causa da visita para Rhode Island). Aí começou o drama de enviar documentos entre continentes com o complicador que dezembro é um mês pela metade. Em resumo, mandei meu passaporte pra embaixada na semana antes do natal e meu vôo era dia 03 de janeiro. Minha apresentação no congresso era dia 05.
Fui para Tromsø e depois Amsterdã com o pessoal da bio (mais sobre isso em outro post) sem meu passaporte. No dia 2 avisaram que o passaporte estava pronto em Oslo. Tive que mudar meu vôo pro dia 4 e o jeito mais barato era fazer upgrade pra classe executiva. Arranjei também uma entrega no mesmo dia de OSL pra AMS! Recebi o passaporte no dia 3 de noite e fui pegar o avião no dia seguinte de manhã. Chego no aeroporto e… vôo cancelado! Por causa da nevasca em Nova Iorque.
Estava na fila gigantesca com os outros passageiros e passou a moça chamando quem era da “bussiness”. Eu já tinha esquecido que eu era! Já tinham me colocado em outro vôo pra NY, mas chegando em outro aeroporto. De qualquer modo consegui chegar onde iria pegar o vôo pro Texas. O aeroporto estava um caos, mas meu vôo saiu, atrasado mas saiu. Cheguei lá e minha mala não chegou, tinha ficado em Nova Iorque.
Fui direto para o hotel e no dia seguinte foi minha palestra que correu bem. Na noite sequinte consegui errar a cama e caí com meu joelho na barra de metal da cama. Achei que tinha rachado a rotula, com certeza. Minha mala ainda não tinha chegado e tive que começar a comprar roupas pra sobreviver ainda manco. Minha mala chegou no Texas dia 07 só no vôo das 18:30. E eu fui embora do Texas para Washington no mesmo dia, só que no vôo das 17:30… Aproveitei para fazer mais compras em Seattle, comprei uma mala até.
Fomos pra Friday Harbor coletar e foi bem produtivo, apesar do meu experimento não ter funcionado como o planejado.
Com o fim da coleta fui para o próximo destino, o menor estado dos EUA. Pegamos um vôo pra Nova Iorque e chegamos 2h antes de outra tempestade de neve. Mas tudo deu certo e consegui pegar o trem para Providence.
Fiquei por lá por quase um mês mexendo com dados de expressão gênica do verme pênis e também foi muito proveitoso.
Depois fui pra Nova Iorque, visitei a Paola no Brooklin e ainda fomos ver um jogo da NBA.
Por fim, tive que ir até Amsterdã para pegar o vôo pro Brasil, mas não foi tão mal assim. E no Brasil foi muito bom rever todo mundo!